O IGCP prevê a emissão bruta de até 14 mil milhões de euros em dívida de médio a longo prazo em 2015, para cobrir os cerca de 11 mil milhões de euros das necessidades de financiamento do ano.

De acordo com uma nota sobre o programa de financiamento de Portugal durante este ano, o IGCP indica que a estratégia de financiamento vai centrar-se na “emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros em euros com realização regular de leilões de OT [Obrigações do Tesouro]”, com o objetivo de “promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário”.

Em relação às OT (dívida de médio a longo prazo), o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública prevê que seja obtido um montante entre os 12 e os 14 mil milhões de euros através da “emissão bruta de OT, combinando sindicatos e leilões”.

Além disso, a estratégia de financiamento deste ano passa pela exploração de “oportunidades para realizar operações de troca e recompras de títulos” e pela “contribuição positiva de 2,5 mil milhões de euros de produtos de retalho”.

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Já no que se refere aos Bilhetes do Tesouro (BT), a instituição espera que o financiamento líquido resultante destes títulos de dívida pública tenha “um impacto nulo” em 2015, mantendo a realização mensal de emissões na terceira quarta-feira de cada mês e, “se a procura de investidores o justificar”, também na primeira quarta-feira.

No primeiro trimestre de 2015, o ICGP espera conseguir colocar no mercado 3.750 milhões de euros em BT, estimando-se emissões mensais entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros.

Para janeiro está prevista a realização de dois leilões de BT (reabertura de uma linha a seis meses e lançamento de outra a 12 meses), num total conjunto de até 1.250 milhões de euros.

Em fevereiro antecipa-se a reabertura de uma linha a três meses e de outra a 11 meses (montante indicativo global entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros) e, para março, prevê-se a reabertura de uma emissão a seis meses e o lançamento de uma outra a 12 meses, num total de até 1.250 milhões de euros.

O IGCP reitera ainda que, nas operações de financiamento que vai realizar ao longo do ano, vai procurar evitar “a criação de excessivas concentrações temporais de amortizações, assim como a possibilidade de realização de operações de recompra de dívida” e admite “flexibilidade” para introduzir “os ajustamentos que se venham a revelar necessários face à evolução dos mercados e das necessidades de financiamento ao longo do ano”.

O IGCP recorda que “o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2015 deverá situar-se em cerca de 11 mil milhões de euros”.