Há muito que os jardins zoológicos não são apenas lugares de lazer onde se leva os filhos para estes conhecerem os “animais selvagens”. Com efeito a rede mundial deste tipo de jardins funciona como último reduto de espécies que estão quase a desaparecer nos seus habitats naturais. Há mesmo espécies que já só sobrevivem em jardins zoológicos e conseguir que se reproduzam com sucesso é vital para evitar a sua extinção definitiva.

Os esforços conservacionistas do Jardim Zoológico de Londres tiveram bastante sucesso em 2014, como os seus tratadores e responsáveis estão agora a verificar ao procederem ao habitual inventário que decorre todos os anos no início de janeiro. Entre as novas estrelas daquele parque zoológico contam-se as três crias de tigres-de-sumatra, nascidas em fevereiro de 2014 e que vieram juntar-se a uma população que, a nível global, está altamente ameaçada. Esta espécie é a única que ainda sobrevive das várias espécies que, em tempos, habitavam as principais ilhas da Indonésia, pois o tigre-de-java e o tigre-de-bali são considerados extintos. Do tigre-de-sumatra, a viver no seu ambiente ambiente natural, existirão apenas algumas centenas de exemplares e as populações estão a diminuir.

Entre as aquisições do Zoo de Londres em 2014 o destaque vai ainda para a chegada de nove pinguins-de-humboldt e de seis crocodilos das Filipinas, os primeiros do seu tipo no Reino Unido. Esta última espécie também está em riscos de desaparecer.

O recenseamento de todos os animais do Zoo de Londres deverá durar toda uma semana e a informação recolhida será depois transmitida ao International Species Information System (ISIS). A sistematização, à escala global, de toda esta informação é importante para coordenar os esforços internacionais para reproduzir em cativeiro espécies em riscos de extinção.

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