Amedy Coulibaly, o sequestrador que matou quatro reféns num supermercado em Paris, esteve em Madrid durante três dias (até 2 de janeiro), conta o El País. O terrorista estava a acompanhar a sua mulher, Hayat Boumeddiene, que se preparava para viajar para a Turquia, a última paragem antes de chegar à Síria.

À TVE, o ministro espanhol do Interior, Jorge Fernández Díaz, não quis comentar: “Não posso nem devo pronunciar-me.” A notícia foi avançada pela cadeia de televisão francesa M6, que confirmou junto de fontes antiterroristas que se está a investigar a passagem de Coulibaly em território espanhol. Para já, há suspeitas de que o terrorista e a mulher se deslocaram de Paris para Madrid de carro, e com mais um homem. A chegada à capital espanhola aconteceu a 31 de dezembro, mas por enquanto ainda não foram registados quaisquer contactos ou telefonemas. O próximo passo da investigação é descobrir onde ficaram hospedados e se foram ajudados por alguém.

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Coulibaly, que matou uma polícia na véspera do ataque ao supermercado, tinha um apartamento que funcionava como esconderijo para armas, dinheiro e acessórios. O lugar, localizado no distrito de Gentilly, a quatro quilómetros de Paris, continha um stock de armas, detonadores, dinheiro, bandeiras do Estado Islâmico, telemóveis e outros materiais e pode ter servido como base de apoio para o atentado, confirmava a polícia francesa no domingo, 11 de janeiro.

Hayat Boumeddiene, a mulher de Coulibaly, voou a 2 de janeiro de Madrid para Istambul, onde ficaria seis dias até se mudar para a Síria, a 8 de janeiro, um dia depois dos atentados ao Charlie Hebdo e a um supermercado judaico, dos quais resultariam 17 mortos.