Nota: as imagens que ilustram este artigo são chocantes e podem ferir a sensibilidade dos leitores.

O Estado Islâmico (EI) está a aplicar a pena de morte a homens assumida ou alegadamente homossexuais. Os métodos aplicados são medievais: os condenados são lapidados até à morte, crucificados ou, simplesmente, atirados de grandes alturas, através de telhados de edifícios enormes, perante o olhar atento da multidão que os observa do chão, como conta o The Daily Beast.

As imagens que chegam das execuções públicas estão a inundar as redes sociais – os militantes do EI publicam regularmente as fotografias no Twitter, como método de propaganda e de disseminação dos ideais da organização terrorista.

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Na foto, homens encapuçados prestes a empurrar o condenado

Estas execuções parecem ter tido lugar em Mossul, a capital da província de Ninive. Uma província há muito nas mãos dos terroristas do EI, cujo desígnio, além da edificação de um grande califado, é aplicação estrita da sharia – a lei islâmica – em todos os territórios controlados.

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No entendimento dos militantes do EI, a homossexualidade é considerada um comportamento desviante e impuro e, por isso, punível com pena de morte.

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O momento da execução

Mas porquê tornar públicas estas execuções, sobretudo em regiões já controladas e sob o domínio incontestável do grupo? Para espalhar o terror, desincentivar os locais e para intimidar os rivais, analisa o mesmo jornal.

Além disso, as fotografias captadas são de alta resolução e pensadas estrategicamente. O objetivo? Tornar viral e “partilhável” o momento. No fundo, alimentar a máquina de propaganda do EI.

1421438212616.cached A pena de morte por lapidação é outro dos métodos utilizados pelo Estado Islâmico