Um grupo autodenominado “Patriotas Europeus contra a Americanização do Ocidente” manifestou-se hoje pela primeira vez na cidade de Erfurt, na Alemanha, num ambiente confuso e de confrontos com antifascistas.

“Não podemos distinguir quem é contra e quem é a favor” da marcha, que juntou cerca de mil seguidores e 600 contra manifestantes que se envolveram em confrontos, disse um porta-voz da polícia alemã no início da manifestação.

No princípio da marcha, os porta-vozes do grupo organizador não conseguiram discursar devido ao ruído provocado pela contra manifestação.

Os partidários do grupo “Patriotas Europeus contra a Americanização do Ocidente” (“Pegada” na abreviatura em alemão) empunhavam cartazes contra os Estados Unidos, considerada “potência terrorista”.

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Grupos antifascistas bloquearam a passagem da marcha dos manifestantes do “Pegada”, que tiverem de desistir do percurso que previa uma passagem pelo centro da cidade, optando por uma concentração em frente à estação central, escoltados pelas forças de segurança.

De acordo com as autoridades, os promotores da marcha de Erfur, no leste da Alemanha, não estão relacionados com o movimento anti-islâmico alemão “Pegida” — “Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente” –, que convocaram para domingo mais uma manifestação em Dresden.

O movimento que se apresentou como “Pegada/EmDgAmE” (Democratas Comprometidos contra a Americanização da Europa”, convida “todas as pessoas do país e da Europa: muçulmanos, judeus, ortodoxos e cristãos, turcos, gregos, espanhóis e também norte-americanos a juntarem-se à causa”.

Os objetivos, segundo a mensagem que foi difundida na Internet, pretendem “dar o exemplo contra a xenofobia, o racismo e a hostilidade”, “denunciar a agressividade da administração norte-americana” e “combater as mentiras da imprensa”.

De acordo com fontes da igreja, dos sindicatos e dos grupos antifascistas, o “Pegada” é uma “associação grosseira” de teóricos da conspiração, neonazis e membros de claques de futebol dispostos a levar a cabo atitudes violentas e que optaram conscientemente pelo uso de um nome parecido com “Pegida”.