Dois anos de prisão. É esta a pena de cadeia que o Ministério Público quer que o cabo da GNR, apanhado a fazer striptease, cumpra. O militar de 32 anos, que está a ser julgado no Tribunal São João Novo, no Porto, pelo crime de comércio ilícito de material de guerra, ou seja, por ter usado a arma de serviço – uma arma considerada de guerra – nos seus espetáculos de strip.

Nas alegações finais realizadas esta terça-feira, segundo a Agência Lusa, o procurador do MP concluiu que o militar “agiu com enorme leviandade e dolo imenso”, ao utilizar uma arma de guerra em sessões de striptease em vários estabelecimentos de diversão noturna. A arma usada em causa é uma Glock modelo 19, normalmente usada pelas forças de segurança quando estão de serviço. O calibre deste tipo de armas é considerado de guerra.

O cabo da GNR, de 32 anos, foi acusado do crime de comércio ilícito de material de guerra, punível entre um e quatro anos de cadeia. Segundo o Código de Justiça Militar quem “importar, fabricar, guardar, comprar, vender ou puser à venda, ceder ou adquirir a qualquer título, transportar, distribuir, detiver, usar ou trouxer consigo material de guerra” sem estar autorizado incorre numa pena de prisão. Ou seja, a tipificação do crime inclui quem utilizar uma arma de guerra, assim como quem a importar ou vender, por exemplo.

O militar da GNR de Vila Nova de Gaia foi, também, alvo de um processo disciplinar: acabou condenado a 40 dias de suspensão de serviço, embora suspensos por três anos. Manteve-se sempre ao serviço da GNR.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR