O levantamento de depósitos nos bancos gregos na semana passada atingiu 14 mil milhões de euros, um número recorde, segundo a agência Bloomberg e que é uma resposta aos receios de falta de liquidez perante a incerteza do resultado das negociações do novo Governo com a ‘troika’.

A perda de depósitos acentuou-se na semana anterior à vitória do Syriza, partido anti-austeridade de esquerda, nas eleições legislativas na Grécia. A fuga aos depósitos entre 19 e 23 de janeiro, dois dias antes das eleições, foi mesmo superior ao valor levantando dos bancos gregos em maio de 2012, no pico da crise grega e perante a possibilidade de, na altura, o país deixar a zona euro. O cenário volta a estar em cima da mesa com a política de desafio do novo governo às orientações dos credores internacionais.

Esta quarta-feira, dia da primeira reunião do Conselho de Ministros do Executivo liderado Alexis Tsipras, as ações dos bancos caíram 26,67%.

Perante a incerteza política e a fuga de depósitos, o Banco da Grécia alargou a linha de liquidez de emergência aos bancos do país. A medida exige a aprovação do Banco Central Europeu (BCE) e que precisa de ser renovada a cada duas semanas.

 

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