O novo Estoril Open terá menos lugares, três sessões noturnas e João Zilhão como diretor, anunciou a organização na apresentação do torneio que vai decorrer no Clube de Ténis do Estoril e que está garantido por três anos.

“Este projeto só é possível porque há muita experiência, muita visão e muito investimento por parte destes três sócios, que estão empenhados em organizar uma prova com muita dignidade. Estamos muito orgulhosos por, pela primeira vez, o Estoril Open ser organizado no concelho de Cascais”, assumiu João Zilhão, que será o diretor do único torneio português incluído no calendário ATP.

O representante da U.Com, uma das empresas que “salvou” o Estoril Open, destacou ainda o esforço da Câmara Municipal de Cascais, que garantiu que, pela primeira vez, o torneio se realizasse efetivamente na cidade que lhe deu nome, e recordou o “excelente legado” de João Lagos, mostrando-se esperançado de poder dar continuidade a esse trabalho.

“Vamos ter pela primeira vez jogos à noite. Achamos que não inventámos a roda, mas estamos a permitir às pessoas saírem dos seus escritórios e irem ver os melhores jogos de ténis, como acontece, por exemplo, na Liga dos Campeões”, revelou ainda Zilhão, indicando que haverá lugar a três sessões noturnas com arranque ao fim da tarde (pelas 19h), que acolherão encontros da segunda ronda e dos quartos-de-final de quarta-feira a sexta-feira.

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Outra das novidades da competição, que decorrerá entre 25 de abril e 3 de maio, no Clube de Ténis do Estoril, é a maior proximidade entre o público e os tenistas. “Pensámos que era importante o público estar mais próximo dos courts e da ação. No court central vai ser possível que o público esteja na primeira fila. Queremos que as imagens que vão correr pelo mundo fora, em 59 países, através da Eurosport, permitam ver imagens do torneio cheio”, prosseguiu o diretor do torneio.

O court central do Clube de Ténis do Estoril, complexo que foi analisado por Carlos Sanches, supervisor português do ATP, será ampliado com bancadas suplementares temporárias e terá cerca de quatro mil lugares, menos dois mil do que o do complexo do Jamor. “Contactámos alguns dos melhores fornecedores de tendas e bancadas e um especialista em logística com larga experiência […] e conseguimos encontrar um novo formato, um novo figurino”, disse quando questionado sobre como conseguirá montar o torneio no novo recinto. João Zilhão recusou divulgar o orçamento da prova, que está garantida por três anos, dizendo apenas que será feito um “investimento considerável”, que ascenderá a “vários milhões de euros”, com um prize-money 490 mil euros.

O novo Estoril Open, que sucede ao torneio organizado durante 25 anos, no complexo do Jamor, por João Lagos, nasceu da conjugação de esforços da U.Com, empresa sedeada na Alemanha que é especializada na comunicação e organização de eventos, do empresário holandês e ex-tenista Benno Van Veggel e da Polaris Sports do empresário Jorge Mendes e terá como patrocinador o banco Millennium BCP. “É um grande dia para o ténis português e para a ATP. Começámos em 1990 e em cada ano tivemos um torneio em Portugal. É muito importante para nós este torneio”, concluiu David Massey, vice-presidente do ATP World Tour.