A China opõe-se aos países estrangeiros que recebem o Dalai Lama, disse esta sexta-feira um porta-voz do governo, depois de na quinta-feira o Presidente Barack Obama ter tido o primeiro encontro público com o líder espiritual tibetano exilado.

Pequim é “contra a interferência dos países estrangeiros nos assuntos internos da China, sob o pretexto de questões relacionadas com o Tibete”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Hong Lei aos jornalistas, afirmando que o líder espiritual “no exílio político está há muito tempo envolvido em atividades separatistas anti China, sob o pretexto da religião”.

“Quero cumprimentar especialmente um bom amigo”, declarou na quinta-feira Barack Obama, no início de um discurso perante três mil pessoas, concentradas em Washington, a capital federal norte-americana.

Esta foi a primeira vez que Obama e o dalai-lama foram vistos juntos em público.

Três encontros anteriores decorreram à porta fechada e fora da Sala Oval para evitar qualquer perturbação das relações com o executivo de Pequim.

O anúncio desta iniciativa, no início da semana, desencadeou uma reação imediata de Pequim.

“Opomo-nos a qualquer encontro, seja qual for a sua forma, entre um dirigente estrangeiro e o dalai-lama”, declarou Hong Lei, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Washington deve “agir nesta questão tendo em conta os interesses da relação bilateral” com a China, acrescentou o porta-voz.

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