Centenas de combatentes do grupo islamita Boko Haram invadiram, este sábado, a cidade nigeriana de Gombe, no nordeste da Nigéria, disparando armas pesadas e atirando panfletos para apelar ao boicote nas próximas eleições presidenciais, de 28 de março, e nas legislativas, no dia 11 de abril, disseram fontes locais.

“Os guerrilheiros do Boko Haram estão agora em Jeka-da-Fari, no centro da cidade, a disparar indiscriminadamente e a atirar panfletos a incentivar as pessoas a não participar nas eleições”, disse à agência France Press o morador Ali Dahiru.

Outra testemunha disse que os islamitas entraram na cidade por volta das 9 horas locais e avançaram sem a resistência das forças de segurança. Um avião militar sobrevoou a localidade, mas não fez nada, denunciaram moradores.

Entretanto notícias mais recentes dão conta que o exército da Nigéria reagiu ao ataque do grupo extremista Boko Haram. Os fundamentalistas tentaram conquistar a cidade depois de tomarem os municípios de Dadinkow e Lubo, situados a cerca de 35 quilómetros da capital do estado.

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Gombe já tinha sido alvo de ataques suicidas e atentados à bomba atribuídos ao Boko Haram, que, há seis anos, ganha terreno no nordeste da Nigéria.

Presidente nigeriano pede mais ajuda aos EUA para combater Boko Haram

Ainda antes deste ataque de hoje, o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, já pedia maior assistência aos Estados Unidos no combate aos extremistas do Boko Haram, noticiou o Wall Street Journal.

“Não estão a combater o ISIS? Porque é que não vêm para a Nigéria?”, atirou Goodluck Jonathan ao jornal norte-americano, numa entrevista publicada na sexta-feira, referindo-se ao Estado Islâmico.

“Eles são nossos amigos. Se a Nigéria tem um problema, então, nós esperamos que os Estados Unidos venham e nos apoiem”, afirmou ainda o presidente nigeriano.