Quatro anos de conflito armado na Síria deixaram marcas pesadas. O programa UNOSAT do Instituto das Nações Unidas para a Formação e Investigação (UNITAR) mostra, através de imagens de satélite, o estado do país onde, desde o início da guerra civil, em 2011, já terão morrido cerca de 210 mil pessoas.

O UNOSAT estudou várias cidades sírias, entre as quais Kobane, a pequena cidade junto à fronteira turca onde os curdos têm combatido o Estado Islâmico. As imagens de satélite reunidas pelo New York Times mostram uma parte da cidade em setembro de 2014, já durante o conflito, mas ainda intacta:

kobani-before

Em janeiro deste ano, os destroços são notórios:

kobani-after

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em Alepo, a segunda maior cidade da Síria depois da capital, Damasco, o cenário de destruição é semelhante. A cidade outrora habitada por mais de dois milhões de habitantes, e que atualmente é parcialmente controlada pelo Estado Islâmico, estava assim, em novembro de 2010:

aleppo-before

Este era o estado de parte da cidade em maio de 2014:

aleppo-after

Homs, que fica entre Damasco e Alepo, era um dos principais bastiões dos rebeldes sírios que se insurgiram contra o presidente Bashar al-Assad, na Primavera Árabe. Uma parte da cidade, em junho de 2010:

homs-before

Três anos de conflito deixaram assim a mesma parte da cidade, em abril de 2014:

homs-after

Deir al-Zour, no leste do país, está neste momento sob quase domínio do Estado Islâmico e já sofreu bombardeamentos aéreos da coligação liderada pelos Estados Unidos. Em 2013, a cidade detetou poliomielite, uma doença que estava erradicada da Síria desde 1999, e que mostra que as consequências da guerra vão muito além dos destroços. Nas imagens de satélite, a diferença entre dezembro de 2010 e maio de 2014 é chocante:

deiralzour-before

deiralzour-after