O governo grego confirmou que vai apresentar uma proposta de extensão dos financiamentos concedidos ao país, de acordo com o jornal britânico The Guardian, mas a iniciativa só vai ser concretizada na quinta-feira, 19 de fevereiro, quando a expetativa inicial era a de que Atenas entregasse a sugestão ainda nesta quarta-feira. Gabriel Sakkelarides, porta-voz do governo liderado por Alexis Tsipras, confirmou a informação através da rede social Twitter e reafirmou que não há qualquer intenção da Grécia de aceitar o prolongamento do programa de assistência e das condições impostas pelo resgate.

A intenção de Atenas é a de pedir uma extensão dos empréstimos, por um período até seis meses, de forma a evitar o risco iminente de ficar sem recursos já no final de fevereiro, quando termina o programa de assistência, e ganhar tempo para negociar com os credores internacionais um novo quadro de apoio ao país que alivie a austeridade. De acordo com os documentos divulgados pelo governo grego, o financiamento que a Grécia pediu durante a reunião do Eurogrupo de 11 de novembro foi feito com o objetivo de os parceiros da zona euro disponibilizarem 1,9 mil milhões de euros correspondentes aos lucros realizados pelo Banco Central Europeu (BCE) com a dívida grega.

Os ministros das Finanças dos países que partilham a moeda europeia deveriam reunir-se na sexta-feira, 20 de fevereiro, para tomar decisões sobre a Grécia. Mas, segundo o Wall Street Journal, o encontro apenas se realizará no caso de o executivo de Atenas disponibilizar um documento “credível” para ser analisado pelos parceiros, que atenue o ceticismo sobre as políticas anunciadas e prometidas pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, entre elas as que implicam a reversão de medidas tomadas ao abrigo da ajuda externa como o despedimento de funcionários públicos.

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