O músico e compositor português Rodrigo Leão assinou um contrato discográfico com a Universal Music Portugal, anunciou a editora, que o considera “dono de uma das mais respeitadas carreiras” do país.

O anúncio foi feito na altura em que Rodrigo Leão estreia a banda sonora composta para a exposição “Florestas submersas by Takashi Amano”, do Oceanário de Lisboa, onde vai cumprir um ciclo de 20 concertos, a realizar de 1 de maio a 28 de junho.

Em perto de 35 anos de carreira, iniciada com o grupo Sétima Legião, lançou mais de uma dezena de álbuns sob o seu próprio nome, entre os quais “Ave Mundi Luminar”, “Mysterium”, “Theatrum”, “Alma Mater”, “Pasión”, “Cinema”, “O Mundo”, “A Mãe”, “A Montanha Mágica” e “Songs”, quase todos editados pela Sony/Columbia.

Um dos últimos trabalhos do músico que esteve com Pedro Ayres Magalhães, no núcleo fundador dos Madredeus, vem de 2014, intitula-se “O Espírito de um País” e resulta do espetáculo comemorativo dos 40 anos do 25 de Abril, apresentado nas escadarias da Assembleia da República, com participação do fadista Camané.

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“A Vida Secreta das Máquinas”, projeto instrumental e eletrónico, do final de 2014, resultou de uma aventura que teve numa casa abandonada em Goa. O disco teve origem nos sons que o músico gravou com o telemóvel, no local.

O músico que concebeu o álbum “Cinema”, que a revista norte-americana Billboard considerou um dos melhores de 2004, compôs bandas sonoras como “O Mordomo”, do realizador norte-americano Lee Daniels, filme estreado em 2013, que lhe valeu uma distinção da American Society of Composers, Authors and Publishers (ASCAP), dos Estados Unidos.

Produziu igualmente a banda sonora do filme “A Gaiola Dourada”, do realizador luso-francês Ruben Alves, e a banda sonora da série televisiva de ficção “Equador”, em parceria com Sérgio Godinho, assim como da série documental “Portugal – Um Retrato Social”.

O trabalho para “Florestas Submersas by Takashi Amano” insere-se neste capítulo de trabalho de Rodrigo Leão. A obra pode ser ouvida durante a visita à exposição, que vai estar patente no Oceanário de Lisboa durante dois anos e meio, mas será também apresentada ao vivo no local, no Auditório Mar de Palha, durante os meses de maio (nos dias 1, 2, 3, 16, 23, 24, 30 e 31) e junho (nos dias 6 e 28), às 17:00 e às 19:00.

Ao longo da sua carreira, Rodrigo Leão colaborou com músicos como a britânica Beth Gibbons, vocalista dos Portishead, Neil Hannon, dos Divine Comedy, Adriana Calcanhotto, Stuart Staples, dos Tindersticks, e ainda com o compositor italiano Ludovico Einaudi e o japonês Ryuichi Sakamoto.

Rodrigo Leão foi distinguido no ano passado com o grau de Grande oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuído pelo Presidente da República.