Os Estados Unidos expressaram este domingo “profunda preocupação” após a condenação à morte, no sábado, do ex-presidente egípcio Mohamed Morsi e de uma centena de egípcios, disse um diplomata norte-americano.

“Sempre nos manifestámos contra a prática dos julgamentos em massa e condenações em massa, que são conduzidos de uma maneira que é contrária às obrigações internacionais do Egito e do Estado de direito”, disse um responsável do Departamento de Estado sob anonimato.

O ex-presidente do Egito Mohamed Morsi e cerca de uma centena de dirigentes da Irmandade Muçulmana foram condenados à morte no sábado, devido às fugas da prisão durante a revolta de 2011.

“Continuamos a insistir na necessidade do devido processo legal e de processos judiciais individualizados para todos os egípcios, no interesse da justiça”, acrescentou o diplomata norte-americano.

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A pena capital está sujeita a um parecer não vinculativo do ‘mufti’ (jurista que interpreta a lei islâmica) do Egito, antes de ser confirmada ou revogada no dia 02 de junho.

Morsi, o primeiro presidente democraticamente eleito no Egito, após a revolução de 2011, pode recorrer da sentença.

O antigo chefe de Estado já tinha sido condenado a 20 anos de prisão, há três semanas, num primeiro processo relacionado com atos de violência contra manifestantes, ocorridos durante o seu curto mandato de um ano.

Morsi chegou ao poder em junho de 2012 e foi derrubado pelos militares em julho de 2013.