O ministro da Economia, António Pires de Lima, defendeu que as instituições financeiras devem ser flexíveis e entregarem a gestão dos “ativos bons, operacionalmente viáveis”, a quem sabe do negócio.

“A pior coisa que pode acontecer num processo de ajustamento económico e empresarial como aquele que vivemos em Portugal é que ativos bons, operacionalmente viáveis, fiquem presos e amarrados a estruturas de capital ultrapassadas, geridas por burocratas que não sabem nada do negócio”, afirmou.

Pires de Lima falava durante a cerimónia de inauguração do Six Senses Douro Valley, em Lamego, que resultou da reconversão do antigo Aquapura. Adquirido pelo fundo Discovery, este é o primeiro hotel da Europa operado pela marca Six Senses.

A renovação do hotel representou um investimento de oito milhões de euros, que vai criar ao longo do ano cerca de 150 postos de trabalho diretos e indiretos.

O governante saudou a “fórmula encontrada para capitalizar este projeto: a utilização de fundos disponibilizados por instituições financeiras, mas com o apoio do Estado, através dos fundos Revitalizar, num montante razoavelmente importante (mais de 50% do investimento)”.

“Há aqui uma componente de utilização de instrumentos públicos que não pode ser desvalorizada. E a noção realista de que, para que projetos destes possam ser relançados e renovados, é importante que exista abertura por parte de instituições financeiras no sentido de os viabilizarem”, frisou.

Na sua opinião, “é muito importante que projetos como este não estejam agarrados ao passado e presos a balanços impossíveis de gerir” e que “possam ser reconstruídos na base de pressupostos realistas, pragmáticos, que estejam alinhados com aquilo que esta região pode dar”.

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