O Banif obteve um resultado líquido de 16,1 milhões de euros entre janeiro e junho, um valor que compara com o prejuízo de 97,97 milhões de euros no período homólogo de 2014, anunciou hoje a entidade.
A “melhoria significativa da atividade” consubstanciou-se “num resultado líquido consolidado positivo”, frisa o Banif num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), com a apresentação dos resultados até junho.
“Contudo, importa referir que apesar de ter evoluído positivamente, o resultado líquido foi penalizado, em termos homólogos, pela redução significativa das mais-valias relacionadas com a alienação de títulos de dívida pública portuguesa (90,7 milhões de euros no 1.º semestre de 2014, que compara com 44,7 milhões de euros no 1.º semestre de 2015), e foi também igualmente penalizado pelo aumento de menos-valias relacionadas com venda de ativos imobiliários e reforço das dotações para ativos imobiliários (-17,8 milhões de euros no 1º semestre de 2014 que compara com -45,9 milhões de euros no 1º semestre de 2015)”, adverte todavia o banco.
No que refere à margem financeira, esta registou no primeiro semestre de 2015, uma subida de 25,1%, para 55,9 milhões de euros, “beneficiando essencialmente do menor custo de ‘funding’, sobretudo ao nível dos depósitos'”.
Ao nível de comissões líquidas, estas tiveram uma subida de 22,0% em termos homólogos, para 34,9 milhões de euros, evolução que “reflete o enfoque comercial nos segmentos ‘core’, a manutenção da prossecução de uma política de maior assertividade comercial e fruto igualmente da amortização das obrigações garantidas pelo Estado”.
Os custos operacionais, sublinha o Banif, diminuíram 24,5% face ao primeiro semestre de 2014, poupança obtida, diz o banco, “de forma transversal ao nível dos custos de estrutura, tendo os custos com pessoal diminuído 22,3%, os gastos gerais e administrativos descido 27,3% e as amortizações do exercício diminuído 29,0%”.
“O Banif obteve no primeiro semestre de 2015 um resultado líquido positivo de 16,1 milhões de euros, que reflete os efeitos das medidas que estão a ser implementadas no âmbito do plano de restruturação do banco e que visam uma profunda transformação do seu modelo de negócio, bem como, assegurar a sua viabilidade num contexto económico e regulamentar extremamente desafiantes”, reforça ainda a entidade.