Édgar Vera e Andrés Gónzalez: foram estes os dois mexicanos condenados a 520 anos de prisão, pelo sequestro e homicídio de 13 jovens, informou a Procuradoria-Geral mexicana no passado domingo, dia 13 de dezembro. Os dois foram ainda condenados a pagar uma multa de cerca de 287 mil euros cada um.

Os crimes foram cometidos em maio de 2013, no bar Heaven, da Cidade do México, e segundo a CNN Mexico ocorreram em plena luz do dia. Três meses depois, os restos mortais das vítimas foram encontrados pelas autoridades mexicanas: estavam enterrados numa vala em Tlalmanalco, um município situado nos subúrbios da capital do país. Tinham idades compreendidas entre os 16 e os 34 anos.

“Com base no conjunto de provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da Justiça do Distrito Federal (PGJDF), foi declarada uma sentença acumulada de 1040 anos de prisão para os outros dois envolvidos no sequestro de várias pessoas no bar Heaven”, esclareceram as autoridades mexicanas, que em setembro já haviam condenado outras três pessoas, também elas envolvidas no sequestro dos jovens, com a mesma pena. Duas delas são sócios do estabelecimento onde o crime ocorreu, e foram considerados cúmplices; o terceiro foi um dos homicidas.

As leis mexicanas não contemplam a existência de prisão perpétua, e não permitem que os reclusos fiquem mais de 50 anos na prisão, segundo a CNN. Assim, a pena é simbólica, e servirá para que os condenados, ao contrário de outros reclusos, não tenham direito a qualquer redução da pena, ficando assim presos durante as próximas cinco décadas.

Para além da pena de prisão, um dos condenados, Édgar Vera, ficará impossibilitado de trabalhar como funcionário público por mais duas décadas, após sair em liberdade, já que é um ex-polícia, o que agravou a pena.

Segundo a acusação, o homicídio das 13 pessoas foi uma represália pelo homicídio de um traficante de droga, que estava relacionado com os dois assassinos, e que fora morto poucos dias antes.

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