O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) voltou a prolongar a suspensão da negociação das ações e de alguns instrumentos de dívida do Banco Espírito Santo (BES) por mais 10 dias úteis.

“O Conselho de Administração da CMVM deliberou […] a prorrogação da suspensão da negociação das ações e dos instrumentos de dívida do Banco Espírito Santo (BES) de seguida identificados por 10 dias úteis”, lê-se num comunicado publicado hoje na página oficial do regulador.

A suspensão da negociação do BES Perpetual Serie USD, BES Obrigações CX Subordinadas 2011 e BES Perpetual mantém-se até “à divulgação de informação relevante e segura sobre o emitente”, adianta a CMVM.

O regulador do mercado decidiu suspender a negociação das ações e vários instrumentos financeiros do BES, à espera de informação relevante a 04 de agosto de 2014, tendo prorrogado sucessivamente o prazo por dez dias úteis.

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A 11 de agosto de 2014 o BES saiu do principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI20.

O BES, tal como era conhecido, acabou a 03 de agosto de 2014, dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.

O supervisor bancário, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num ‘banco bom’, denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos, no BES, o ‘banco mau’ (‘bad bank’).