Em 2015, as 42 equipas (médico e enfermeiro) das viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER), do INEM, realizaram 1.732 transportes de doentes críticos entre hospitais, um aumento de 32,6% face à atividade verificada em 2013, de acordo com dados do instituto noticiados, esta terça-feira, pelo Jornal de Notícias.

Apesar de este transporte inter-hospitalar ser muito diminuto quando comparado com os mais de 95 mil serviços das VMER ao longo do ano, está a preocupar os profissionais e a Ordem dos Médicos. Escreve o JN que a Comissão da Competência em Emergência Médica da Ordem dos Médicos não tem dúvidas que estes aumento dos transportes dos doentes prejudica a resposta no terreno pois cada vez que a equipa da VMER sai de ambulância para acompanhar o doente na viagem entre os hospitais, a viatura fica indisponível para sair em caso de chamada de emergência.

“É um assunto que nos preocupa muito. É consensual que a utilização das equipas VMER para transferências inter-hospitalares prejudica a resposta no pré-hospitalar. Estes transportes demoram sempre duas ou três horas”, afirmou ao jornal o presidente da Comissão, Vítor Almeida.

Este aumento dos transportes é explicado, segundo os responsáveis, pela perda de valências nos hospitais, sobretudo mais pequenos, que precisam de encaminhar os doentes para os hospitais centrais e polivalentes.

Em agosto de 2014 o presidente do INEM anunciou a criação de um Serviço de Transporte Regional do Doente Crítico, para dispensar as VMER desta função, e foi mesmo criado um despacho pelo Governo, mas o Serviço nunca chegou a sair do papel.

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