A estimativa, que consta do relatório trimestral do Banco Mundial sobre o Médio Oriente e o Norte de África, foi divulgada no mesmo dia em que os líderes mundiais prometeram, em Londres, numa conferência de doadores, oferecer mais de 10 mil milhões de dólares (8,9 milhões de euros) à Síria até 2020 em ajuda humanitária.

A guerra na Síria, iniciada em março de 2011, já provocou mais de 260 mil mortos, 13 milhões de deslocados internos e ainda 4,6 milhões de refugiados, a maioria dos quais acolhidos nos países vizinhos, de acordo com dados das Nações Unidas. O conflito sírio e o seu efeito na Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito “custaram perto de 35 mil milhões de dólares”, indicou o Banco Mundial.

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O valor — a preços de 2007 — equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) da própria Síria nesse ano, segundo o relatório.

O influxo “de mais de 630 mil refugiados sírios custaram à Jordânia mais de 2,5 mil milhões por ano”, refere o documento, em que se sublinha que “este valor representa 6% do PIB e um quarto das receitas anuais do Governo”.

Todos os vizinhos da Síria “enfrentam uma pressão orçamental tremenda” por causa do conflito, lê-se no documento, que chama ainda a atenção, por um lado, para o elevado desemprego entre os refugiados, em particular entre as mulheres, e, por outro, para a precariedade entre aqueles que trabalham.