O primeiro-ministro reconheceu que o Orçamento do Estado (OE) para 2016 é “particularmente ambicioso”, mas declarou que abre caminho à superação de “bloqueios estruturais” do país já identificados por instituições como a Comissão Europeia.

Costa, que falava em Lisboa no encerramento de uma conferência da agência Lusa, sublinhou que o Orçamento, que na quarta-feira será aprovado em votação final global, “é particularmente ambicioso” quer pelo “amplo consenso parlamentar que mobilizou” quer pela “luz verde” que mereceu “por parte das exigentes instituições europeias”.

“Muitos diriam, muitos disseram, muitos previam”, que tal consenso a nível interno e europeu seria “impossível”, prosseguiu o governante, mas o Orçamento foi construído e vai ser aplicado tendo em vista o rigor das contas públicas mas também a reposição do rendimento das famílias que, desse modo, deverá “contribuir para relançar a economia”, sinalizou o primeiro-ministro.

“Esse esforço [orçamental] só faz sentido e terá sucesso se tivermos a audácia de olharmos e atacarmos os problemas estruturais que têm afetado o desenvolvimento da nossa economia”, acrescentou o chefe do Governo.

A conferência da Lusa, que durante todo o dia decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, teve como mote “Portugal entre o rigor e a audácia”, e António Costa pegou nesse mote para descrever a ação política do atual executivo.

“Em todos os momentos decisivos da nossa história fomos capazes de virar a página, sempre conseguimos articular bem o rigor com a audácia. Este é mais outro dos momentos decisivos da nossa história em que o temos de saber fazer”, frisou.

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