O ministro alemão do Interior admitiu a criação de um acordo com os países do norte de África idêntico ao que foi assinado entre a União Europeia (UE) e Turquia para devolver refugiados que entrem na Europa após a travessia do Mediterrâneo. Neste caso, o foco estaria aqueles que chegam a Itália vindos de África, sobretudo da Líbia.

“Ainda há algumas questões que precisam da nossa resposta, incluindo a implementação de soluções como as que foram acordadas com a Turquia como resposta a rotas alternativas, via Líbia e Itália. Se mais pessoas vierem por esta rota, temos de ponderar soluções semelhantes às adotadas com a Turquia e que teriam de incluir negociações com países do norte de África”, disse numa entrevista à edição de domingo do Tagesspiegel.

Segundo Maiziére, seriam instalados centros de acolhimento no norte de África para refugiados que são expulsos desde Itália e, em contrapartida, haveria uma ajuda humanitária a esse país norte-africano.

O ministro lembrou que desde o encerramento da rota dos Balcãs e após o acordo com a Turquia, em março só cruzaram diariamente a fronteira austro-alemã cerca de 140 refugiados.

Entretanto, um porta-voz do Ministério do Interior alemão confirmou a chegada na segunda-feira àquele país de 40 refugiados sírios em resultado do acordo UE-Turquia.

Trata-se principalmente de famílias com filhos, que chegarão ao aeroporto de Hannover em dois voos regulados e serão transferidos para um centro de acolhimento provisório na localidade de Friedland, na Baixa Saxónia (noroeste do país). Daí, serão repartidos posteriormente para diferentes locais.

Segundo o acordo, em vigor desde 20 de março, a Turquia compromete-se a receber de volta os imigrantes e refugiados que cheguem de forma clandestina às costas gregas.

De Maiziére insistiu na defesa da futura lei da integração que recusará residência permanente aos refugiados que se recusem a integrar na sociedade, observando que os refugiados devem ter os mesmos direitos e os mesmos deveres que qualquer outro estrangeiro.

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