O economista Ferreira do Amaral defendeu esta sexta-feira que, “mais importante” que uma comissão de inquérito no Parlamento à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), seria a realização de uma “auditoria forense”.

“Acho que uma comissão de inquérito não adiantará nem atrasará muito. Era talvez mais importante haver uma auditoria forense para sabermos o que se passou. Agora se houver uma comissão de inquérito também não me parece que venha grande mal ao mundo”, afirmou Ferreira do Amaral em declarações aos jornalistas à margem da conferência “Queremos mais Europa? Que Europa?”, promovida esta sexta-feira no Porto pela representação da Comissão Europeia em Portugal.

Para o economista, o “ruído político” gerado em torno da gestão da CGD “é normal”, tal como o é que o caso seja “aproveitado politicamente”: “O ruído político à volta disto é normal e não me preocupa demasiado. Como se pôs a questão de recapitalizar a Caixa, é evidente que viria atrás algum debate político, mas continuo a achar que é um banco credível e o facto de ter havido eventualmente erros no passado sucedeu na Caixa como em todos os bancos, não me preocupa excessivamente”, sustentou.

O PSD anunciou na quarta-feira que vai impor a constituição de um inquérito parlamentar sobre a CGD, numa altura em que se discute a recapitalização do banco público, com a imprensa a referir valores que podem ascender a 4.000 milhões de euros.

No entanto, o valor da injeção de capital ainda não é conhecido e estão ainda a decorrer negociações sobre será feita essa operação entre o Governo e a Comissão Europeia.

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