As estações salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) vão ter reforço de pessoal no início de 2017, disse esta segunda-feira na Figueira da Foz o diretor-geral da Autoridade Marítima Nacional (AMN).

Em declarações na Figueira da Foz, durante a sessão de apresentação do sistema “Costa Segura”, o vice-almirante Silva Ribeiro admitiu que a lotação das estações do ISN apresentava “profundas deficiências” e que a AMN tem autorização para o reforço de pessoal com 26 tripulantes este ano, 22 em 2017 e 20 em 2018.

“O concurso está aberto e vamos selecionar o pessoal para que início do próximo ano existe a possibilidade de reforçar as estações. E a Figueira [da Foz] é uma delas”, disse Silva Ribeiro.

Por outro lado, o diretor-geral da Autoridade Marítima disse que o novo estatuto do pessoal das estações salva-vidas vai ser publicado “muito em breve” em Diário da República e “vem dar outras condições”, que não especificou, aos tripulantes.

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Questionado pela agência Lusa sobre se o novo estatuto incide sobre os horários de serviço dos tripulantes – já que as estações salva-vidas possuem horário de funcionamento e tem existido alguma polémica sobre a alegada falta de disponibilidade fora do horário normal de serviço – Silva Ribeiro considerou essa questão “uma falácia”, alegando que os funcionários possuem efetivamente um horário, “mas depois têm disponibilidade permanente, o que se mantém”, disse.

“Têm normalmente [disponibilidade] inferior a meia hora, isso já estava, mas está claro, no estatuto que vai ser publicado, que rapidamente comparecem. Não vai existir pessoal 24 horas por dia à espera de uma emergência, vai existir um regime de prontidão de 20 minutos para saírem”, explicou Silva Ribeiro.

De acordo com o mesmo responsável, todas as barras do país testaram, recentemente, planos de salvamento marítimo, tendo ficado definido pela AMN que, numa situação de barra condicionada, os meios da Autoridade Marítima “estejam à entrada” das infraestruturas portuárias e não ancoradas nos cais.