As ações da Pharol estavam, esta quarta-feira, a liderar as perdas na bolsa de Lisboa, ao caírem 28,13% para 0,092 euros, face a segunda-feira. A descida acontece depois da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter levantado a suspensão da negociação das ações da sociedade gestora de participações sociais, que tinha suspendido na terça-feira.

“O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou o levantamento da suspensão da negociação das ações da Pharol, SGPS, S.A., por terem cessado os motivos que justificaram a suspensão”, segundo o comunicado divulgado no site da CMVM na manhã desta quarta-feira.

Depois do reinício da negociação das ações da Pharol, até às 11h40, tinham mudado de mãos um total de 11,89 milhões de ações da empresa, estando o PSI20 a cair 0,61% para 4.603,54 pontos.

Na terça-feira, a CMVM explicou que os valores mobiliários da Pharol e da Portugal Telecom Internacional Finance ficariam suspensos até à divulgação de informação relevante relativa ao pedido de recuperação judicial das Empresas Oi.

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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) levantou a suspensão da negociação decidida na terça-feira até à divulgação de informação relevante relativa ao pedido de recuperação judicial das Empresas Oi, mas manteve a da emissão de “Obrigações PT Taxa Fixa 2012/2016”.

A empresa de telecomunicações brasileira Oi entregou na segunda-feira um pedido de recuperação judicial na comarca da capital do estado do Rio de Janeiro para tentar manter a continuidade do negócio, segundo um comunicado emitido por aquela entidade, tendo já marcado a assembleia-geral para aprovar este pedido para 22 de julho.

Segundo o comunicado, o “pedido de recuperação foi ajuizado em razão dos obstáculos enfrentados pela administração da empresa para encontrar uma alternativa viável junto dos seus credores”. “O total dos créditos com pessoas não controlados pela Oi listados nos documentos protocolados com o pedido de recuperação judicial soma, nesta data, aproximadamente 65,4 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros)”, salienta Oi no comunicado.

A empresa refere também, no comunicado, que o pedido de recuperação judicial é, neste momento, o mais “adequado” para preservar a continuidade da oferta dos serviços aos clientes, preservar o valor da Oi, manter a continuidade do negócio e da sua função social.

A Oi vendeu em 2015 a PT Portugal à empresa francesa Altice. A Pharol, antiga PT SGPS, detém cerca de 27% da operadora de telecomunicações brasileira Oi.

(Notícia atualizada às 12h35, com informação sobre as ações).