O PSD quer conhecer os motivos do Governo para injetar 4.000 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos, porque não quer uma “autópsia”, mas “evitar que (o banco público) morra”, disse nesta sexta-feira em Torres Vedras a vice-presidente do partido, Maria Luís Albuquerque.

“Não queremos fazer uma autópsia, queremos evitar que o doente morra. Queremos e temos o direito de saber, num banco que é público, se há problemas que justifiquem a injeção de quatro ou cinco mil milhões para podermos democraticamente discutir e para termos uma palavra a dizer em tempo útil e não depois do facto consumado”, afirmou Maria Luís Albuquerque, durante uma intervenção dirigida a militantes da distrital do PSD/Oeste.

A ex-ministra das Finanças justificou assim o pedido de uma comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), depois de várias tentativas para conhecer a situação do banco público e consequentes recusas de esclarecimento pelo Governo. “É muito preocupante a falta de respeito democrático que está subjacente a estas reações”, defendeu.

Para Maria Luís Albuquerque, é fundamental perceber se também “há outras questões a ver com o sistema bancário metidas dentro do mesmo saco e saber se a CGD vai dar como perdidos muitos dos empréstimos que concedeu ou se vai atrás desse dinheiro”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR