O número dois de Passos Coelho no PSD anunciou esta quarta-feira que no final do mês vai abandonar as funções no partido e também as de deputado à Assembleia da República para assumir o cargo de Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE. Jorge Moreira da Silva disse ainda sentir-se “muito honrado por ter colaborado de forma muito próxima, tanto no PSD como no governo, no projeto liderado por Pedro Passos Coelho“, por quem tem “uma grande admiração” e em quem deposita as “maiores esperanças“.

Jorge Moreira da Silva fez também questão de agradecer ao governo de António Costa o apoio dado nesta candidatura e nomeia mesmo governantes, incluindo o número dois do governo socialista. O ainda vice-presidente do PSD destaca que — apesar de esta ter sido uma candidatura a “título individual”– não pode deixar de agradecer o “apoio dado a esta candidatura pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, nomeadamente, da parte do ministro Augusto Santos Silva, da Secretária de Estado Teresa Ribeiro e do Embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, representante de Portugal na OCDE”.

Quanto ao cargo que irá ocupar, Jorge Moreira da Silva diz estar “muito satisfeito” com a decisão da OCDE que lhe permite “voltar a participar ativamente, a nível internacional, nas políticas de desenvolvimento e cooperação, proteção ambiental e combate à pobreza.”

Por força da “incompatibilidade de funções”, o social-democrata anunciou então que irá resignar, a partir de 31 de outubro, às funções de deputado à Assembleia da República, assim como de primeiro vice-presidente do PSD — função que exerce desde 2010.

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Jorge Moreira da Silva destaca ainda que tem como diretor da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, com “o nível de direção A7 (o mais elevado da OCDE), para as quais fui escolhido na sequência de um processo concursal muito competitivo e que envolveu cerca de 200 candidatos”, iniciando assim um mandato de 3 anos, renovável.

As funções que irá desempenhar têm “especial relevo no âmbito do novo quadro internacional, aprovado em 2015, de combate às desigualdades e à pobreza, de proteção ambiental e de dinamização da economia e emprego: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o Acordo de Paris para as Alterações Climáticas e o Plano de Ação de Adis Abeba para o financiamento ao desenvolvimento.”

No PSD, Passos terá agora de decidir quem é o novo número dois. Ou seja: um novo primeiro vice-presidente, sendo que pode nomear um novo dirigente (que depois terá de ser aprovado no Conselho Nacional de dia 26 de outubro) ou escolher um dos vice-presidentes que continuam na sua equipa.