Morreu o advogado e ex-dirigente do PSD Miguel Veiga. Tinha 80 anos. A notícia foi avançada pelo jornal Expresso e confirmada pelo Observador junto de fonte oficial do PSD. O histórico dirigente social-democrata morreu esta segunda-feira, cerca das 12h30, no Porto, disse à Lusa fonte familiar, na sequência de doença prolongada.

O corpo de Miguel Veiga vai estar no Palácio dos Viscondes Balsemão, na Praça Carlos Alberto, no centro do Porto, e, segundo a autarquia, decorrem contactos com as forças políticas para que seja decretado luto municipal.

Miguel Veiga nasceu no Porto tendo sido um dos fundadores do Partido Popular Democrático (hoje PSD), em 1974, juntamente com nomes como Francisco Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemão. Veio depois a ocupar os cargos de vice-presidente e de membro das primeiras comissões políticas e conselhos nacionais. Foi também deputado à Assembleia Constituinte.

A Câmara do Porto já se pronunciou sobre a notícia, considerando Miguel Veiga “uma personalidade incontornável na advocacia e na política em Portugal”. Distinguido em 2015 pelo presidente da Câmara do Porto com a Medalha de Honra da Cidade, a mais alta distinção municipal, Miguel Veiga foi um dos apoiantes de primeira hora da candidatura de Rui Moreira, refere a autarquia na sua página na Internet.

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“Miguel Luís Kolback da Veiga era visto como homem de ação e de pensamento, vivia no Porto e defendia com orgulho e aguerrido a sua origem portuense. Fez parte de um núcleo restrito de fundadores do PPD, hoje PSD, colaborando na conceção das suas bases programáticas, partido onde ocupou os cargos mais relevantes e pelo qual foi deputado da Assembleia Constituinte”, lê-se na nota.

Miguel Veiga, “além de um notável percurso profissional no exercício da advocacia forense e de consultadoria”, era também presidente da Comissão de Toponímia do Porto.

A Câmara do Porto considera ainda que “a sua atividade política aproxima-o de valores democráticos, sendo um obreiro dos principais movimentos que têm gerido a cidade do Porto. Arauto da liberdade e independência, Miguel Veiga definia-se também como um buscador e um obstinado errante e um avesso confesso do populismo, com uma racionalidade e coragem invulgares”.