A questão da existência de um eventual acordo por escrito entre o Governo e o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que isentaria os novos administradores do banco público a entregarem no Tribunal Constitucional as respetivas declarações de rendimentos continua a motivar reações. Desta vez, foi Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças, a garantir que “não existe nenhum documento escrito”.

Em declarações à TSF, Mourinho Félix assegura que as notícias sobre a existência de um acordo escrito entre o Governo socialistas e a equipa de António Domingues são “absolutamente falsas”.

O tema ganhou novos contornos depois de António Lobo Xavier, ter garantido, no programa “Quadratura do Círculo” (da SIC Notícias), que existia um compromisso escrito, celebrado entre o Governo e o novo presidente da Caixa, que previa, nomeadamente, a não apresentação das declarações de património e rendimentos dos gestores. PSD e CDS não deixaram cair a questão e exigiram ao Governo socialista que esclarecesse se existia ou não este acordo escrito.

Na sexta-feira, Mário Centeno, confrontado pelos jornalistas com as exigências de PSD e CDS, durante uma conferência conjunta com o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, foi, no mínimo, evasivo. “O único compromisso” do Governo em relação à Caixa Geral de Depósitos em Portugal “é o de que se manterá um banco público, capitalizado de maneira a poder desempenhar o papel que tem de desempenhar no sistema financeiro e na economia portuguesa e um banco que seja competitivo”, respondeu o ministro das Finanças.

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