O Papa Francisco afirmou esta segunda-feira que a perseguição de que sofrem os cristãos é maior e tão cruel quanto a que se viveu nos primeiros séculos da cristandade na sua mensagem durante a oração do Angelus.

“Os mártires de hoje são mais do que os dos primeiros séculos. Se recordarmos a história da cristandade é tão cruel e em maior número. É preciso não esquecer”, disse o pontífice, citado pela agência Efe. O papa recordou que no Iraque os cristãos celebraram o Natal na sua catedral destruída, “num ato de fidelidade ao evangelho”.

Francisco explicou que esta segunda-feira se celebra Santo Estêvão, o primeiro mártir, para afirmar que “o martírio cristão continua na história da Igreja dos nossos dias”.

Para o papa, “o mundo odeia os cristãos pela mesma razão que odiava Jesus, porque levou a luz de Deus a um mundo que prefere as trevas para esconder as suas obras malditas. Por isso, a mentalidade do Evangelho se opõe à mundana”.

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“A Igreja, para dar o seu testemunho de luz e verdade, experiência em vários lugares as perseguições mais duras, até a suprema prova do martírio”, acrescentou o pontífice.

Francisco desejou paz e serenidade a todos os fiéis e que estes “sejam dias de alegria e irmandade”.

O papa expressou finalmente o seu pesar ao “querido povo russo” e recordou o famoso Coro Ensemble Alexandrov, do Exército Vermelho, cujos membros morreram quando o avião em que seguiam no domingo se precipitou no Mar Negro.

Francisco expressou os seus pêsames “pela triste notícia do avião russo despenhado no Mar Negro”, acrescentando os votos de que “o Senhor conforte o querido povo russo e os familiares dos passageiros e da tripulação e do excelente Coro do Exército Vermelho”, que, recordou, participou na celebração do 26º aniversário do pontificado de João Paulo II.