Um novo estudo, publicado na revista de medicina The Lancet, revela agora uma maneira mais confortável e menos invasiva de fazer o exame ao cancro da próstata: através de uma ressonância magnética. Segundo o The Telegraph, este método, descoberto por investigadores da University College of London and Medical Research Council, põe de parte a biópsia e promete um diagnóstico mais rápido e mais pormenorizado ao paciente: informa-o sobre o tamanho do tumor, de que forma está ligado à corrente sanguínea e qual a densidade das células, indicadores que permitem descobrir se o tumor é ou não maligno.

Com esta descoberta, os cientistas pretendem melhorar e inovar o sistema de diagnóstico deste tipo de cancro, com o objetivo de o detetar a tempo e prevenir mais mortes. “A biópsia pode ser imprecisa, devido ao facto das amostras de tecido serem recolhidas aleatoriamente, o que significa que não conseguem confirmar se o cancro é ou não maligno”, afirma o médico Hashim Ahmed, um dos responsáveis pelo estudo.

“Por causa disso, muitas vezes é dado aos homens o diagnóstico errado e alguns deles, mesmo que não tenham a doença, recorrem ao tratamento, o que faz com possam vir a sofrer de efeitos secundários”, acrescenta. De acordo com a investigação, os efeitos secundários passam pelo risco de contrair septicemia ou problemas urinários.

Os resultados do estudo, que contou com a participação de 576 homens, mostraram que a ressonância magnética diagnosticou corretamente 93% dos casos, já a biópsia apenas conseguiu acertar em 48%.

No entanto, e apesar dos benefícios encontrados nesta descoberta, Ros Eeles, professor de Genética do Cancro da Próstata no Instituto de Investigação sobre Cancro, admitiu que é preciso também pensar nos custos que esta inovação no campo da medicina acarreta. “É necessário ser feita uma avaliação dos custos para verificar a relação preço/qualidade deste método e depois então considerá-lo um diagnóstico padrão, uma vez que a biópsia não era praticada a nível internacional”, admite.

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