Hoje era dia de Portugal, da Seleção e de todas as comunidades amantes de futebol que aproveitam os jogos da equipa das Quinas para poderem ir à bola com amigos de todos os clubes possíveis e imaginários. Quem jogava era Portugal, contra a Hungria, por sinal um jogo de grande importância para manter acesa a chama de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2018, na Rússia. E foi assim, dentro do Estádio da Luz. Fora, nem por isso. Começou o clássico Benfica-FC Porto e até o Sporting acabou por ser arrastado para o meio da confusão.

Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, marcou presença em Lisboa para apoiar a Seleção, à semelhança do que tinha feito ao longo do Campeonato da Europa de França. E a única indumentária desportiva que tinha não era nem uma camisola nem um cachecol do FC Porto, apenas um chapéu com as cores nacionais e a inscrição Ultras. Ainda assim, e conforme foi apanhado em imagens pela SIC Notícias, terá havido um momento de tensão quando alguns adeptos começaram no bate-boca com o líder da claque azul e branca e as restantes pessoas que o acompanhavam, algo que não teve outras proporções em virtude da rápida atuação da polícia. Antes, à chegada, já se tinham ouvido cânticos anti-Benfica em resposta a provocações de adeptos que seriam dos encarnados.

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Dentro do estádio, onde aí sim era possível ver pelo menos um elemento identificado com a camisola do FC Porto e Fernando Madureira empunhando um megafone azul, ainda terá havido um pedido para que o grupo se posicionasse cada um na sua cadeira mas, instantes depois, tudo estava na mesma. Foi visível o controlo por parte de stewards e spotters daquele setor, por forma a garantir que não haveria qualquer outro incidente que pudesse prejudicar o espetáculo. Mais tarde, começaram a circular fotos de parte de uma bancada da Luz com autocolantes do FC Porto.

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Leões atiram-se às águias… por Marta Soares

Antes, Jaime Marta Soares, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, também teve de ser escoltado para entrar no Estádio da Luz depois de, após ser identificado por adeptos alegadamente do Benfica, ser insultado e ameaçado. A Sport TV captou mais tarde imagens do dirigente leonino com alguns spotters por perto.

Na sua conta oficial no Facebook de diretor de comunicação, Nuno Saraiva insurgiu-se contra o acontecido e atacou o rival encarnado. “À chegada do Estádio da Luz, onde se deslocou a convite da FPF e em representação do Sporting, o presidente da Mesa da Assembleia Geral foi insultado e ameaçado por elementos das claques do Benfica. Não fosse a imediata intervenção da polícia, que soube comportar-se com enorme profissionalismo, e podia ter acontecido uma tragédia”, comentou.

Esta é a diferença entre quem boicota a Seleção Nacional como parte de uma estratégia de intimidação e coação e quem sabe comportar-se e quer contribuir para a elevação do futebol português. O que aconteceu, além de lamentável é a consequência óbvia do comportamento intolerável de um clube que usa também o seu treinador para fazer ameaças mitológicas de seis milhões, mas é também o resultado do desespero de uma estrutura que está caduca e a sentir-se ameaçada”, acusou.

Hoje era dia de Portugal, da Seleção e de todas as comunidades amantes de futebol que aproveitam os jogos da equipa das Quinas para poderem ir à bola com amigos de todos os clubes possíveis e imaginários. E Portugal ficou feliz porque a Seleção ganhou e todas as comunidades amantes de futebol saíram satisfeitas com a grande exibição realizada esta noite. Ainda assim, o clássico de 1 de abril já faz mexer. E também chega a terceiros.