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De onde surgiram os grupos paramilitares na Venezuela e como atuam?

Este artigo tem mais de 5 anos

As milícias armadas são uma herança do chavismo na Venezuela. Nos últimos anos tornaram-se autênticas forças paramilitares, bastante ativas contra os opositores que protestam contra Maduro.

Em protestos pacíficos contra o governo de Maduro estas organizações responderam com uma forte presença e com violência
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Em protestos pacíficos contra o governo de Maduro estas organizações responderam com uma forte presença e com violência

MIGUEL GUTIERREZ/EPA

Em protestos pacíficos contra o governo de Maduro estas organizações responderam com uma forte presença e com violência

MIGUEL GUTIERREZ/EPA

As milícias armadas são uma herança do chavismo na Venezuela. Nos últimos anos tornaram-se autênticas forças paramilitares, bastante ativas contra os opositores que protestam contra o governo de Maduro.

Em Caracas, palco principal destes protestos, pelo menos quinze pessoas já perderam a vida, muitas delas vítimas da violência instigada por estes grupos. Em todo o país, o número já passa das vinte vítimas mortais.

Mas, afinal, que grupos são estes? Como surgiram e qual o seu envolvimento nestas manifestações?

Herança chavista

Estes grupos paramilitares surgiram sem grande aparato na Venezuela pós-guerrilha, nos anos 60. A sua relevância nacional foi assegurada mais tarde, durante a presidência de Hugo Chávez. O ex-presidente autorizou estes grupos a serem “o braço armado da Revolução Bolivariana”. A sua função? Patrulhar as cidades onde a polícia não exercia controlo. Para esse efeito foram fornecidos armamentos, sistemas de comunicação, motos e equipamento de vigilância. A partir daí, os grupos tomaram rumos mais extremistas.

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Aliados à extrema-esquerda, os ‘colectivos’ são tidos como defensores do governo e trabalham lado a lado com as Forças Armadas venezuelanas e com o partido do governo (PSUV) que assegura o seu financiamento. Apesar de tornarem as favelas venezuelanas mais seguras para aqueles que lá moram, são sobretudo conhecidos pelos casos de extorsão, tráfico de droga e, acima de tudo, pela violência que exercem, como avançou em 2014 o Business Insider.

Escalada de protestos

Em 2002, após a tentativa de golpe de Estado, e em 2012 e 2013, anos de eleições presidenciais, estes grupos foram notícia por darem apoio aos candidatos do PSUV e, na altura, por exercerem pressão nos locais de voto, chegando até a iniciar confrontos com eleitores e membros da oposição.

O ponto crítico foi atingido nos últimos dois anos. Em protestos pacíficos contra o governo de Maduro estas organizações responderam com uma forte presença e com violência.

Ao El País, Darcy Gómez conta como a filha, antes de ser morta a tiro, lhe ligou a contar que os ‘colectivos’ estavam a disparar sobre os manifestantes. Paola morreu na quarta-feira passada, no bairro de San Cristóbal. No mesmo dia, Carlos Barón de 17 anos foi também morto a tiro. Os dois fazem parte dos números oficiais de vítimas dos protestos, que subiu esta quarta-feira para 24.

Desde a sua formação, a intenção era que estas forças paramilitares fossem aliados do governo e do PSUV. Isso não se alterou. O que mudou, contudo, foi o grau de violência com que atuam.

A diretora da ONG Laboratório de Paz, Lexys Rendón, conta ao El País que não há detidos.

Quatro mortos nos protestos de abril são atribuídos a estes grupos, mas ainda não houve detenções.”

Organizados em modelos eficazes, patrulham a capital, Caracas, e os estados em que se têm registados mais incidentes, com uma coordenação bem ensaiada com as autoridades oficiais do Governo.

Ao Observador, um assessor do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas assegura que “para já, não há notícia de envolvimento de portugueses nos incidentes” com estas milícias, “o que não significa que não possa acontecer nos próximos tempos” dada a grande comunidade portuguesa que vive no país.

O New York Times descreve-os como “grupos que originaram de organizações comunitárias a favor do governo e que fazem parte da paisagem da esquerda venezuelana”. O jornal americano vai mais longe e admite que estes grupos estão a surgir “onde o governo vê que os populares andam menos controlados”.

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