Peter Sagan foi expulso do Tour. O ciclista eslovaco, vencedor da camisola verde da juventude nas últimas cinco edições e campeão mundial de estrada, foi obrigado a deixar a Volta a França esta terça-feira depois de ter empurrado o britânico Mark Cavendish, durante o sprint final da quarta etapa, que decorreu em Vittel. Cavendish acabou por desistir da competição depois de não ter conseguido recuperar da fratura no ombro direito.

O ciclista britânico precisou de ser transportado para o hospital para fazer raios X depois do impacto contra as barreiras colocadas nas bermas da estrada. O episódio aconteceu no sprint final da etapa da Tour.

Imediatamente surgiram nas redes sociais imagens a precisarem o incidente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Após vários minutos deitado no chão e a receber tratamento médico, Cavendish voltou a montar a bicicleta e conseguiu concluir a etapa. Antes de ser levado à pressa para o hospital, Cavendish falou aos jornalistas com o braço ligado:

“Eu dou-me bem com o Peter, mas não sou fã do seu cotovelo esticado. Em termos de feridas, vou ver o que se passa. De certeza que preciso de pontos neste dedo, está a sangrar muito. Não sou médico. Não sei. Não estou otimista”, disse antes de ser encaminhado para o hospital.

Cavendish ainda acrescentou que “estava numa posição favorável para ganhar” mas que a derrota e a necessidade de ter de abandonar a competição “que construiu durante a sua carreira toda é realmente triste”.

Sagan começou por ser punido com com 30 segundos de penalização e a perda do 2.º lugar na etapa, mas a equipa de Cavendish recorreu da decisão. O colégio de comissários do Tour reviu a decisão e expulsou o sprinter, por considerar que Sagan colocou em risco vários corredores. A decisão foi anunciada pelo presidente do júri, Philippe Marien: “Decidimos desqualificar Peter Sagan da Volta a França 2017 por ter posto em perigo sério alguns dos seus colegas nos últimos metros, em Vittel”.

A equipa Bora-hansgrohe está contra a expulsão do seu ciclista e pediu a reintegração de Sagan e a manutenção dos resultados oficiais.

A prova acabou por ser ganha pelo francês Arnaud Dámare, que se tornou no primeiro francês a ganhar o grande sprint na Tour desde 2006.