O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que não tem o “dom da ubiquidade”, apesar de considerar “legítimos e justificados” melindres de alguns setores profissionais com a sua ausência, depois da queixa da Associação Sindical dos Juízes.

A presidente da Associação Sindical dos Juízes, Manuela Paupério, manifestou, à agência Lusa, desagrado pelo facto de o Presidente da República não marcar presença num evento dos juízes. A magistrada considera que se trata de “uma desconsideração pela classe” a ausência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no XI congresso de magistrados, que durante três dias decorreu na Figueira da Foz.

Durante o discurso no encerramento do Congresso Nacional dos Farmacêuticos 2017, que decorre em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “embora conste que o Presidente da República tem o dom da ubiquidade, não tem” e “não consegue estar em todo o lugar ao mesmo tempo”.

Marcelo compreende, no entanto, o descontentamento. “Isso causa, naturalmente, alguns melindres legítimos e justificados de setores profissionais. Ainda hoje os juízes, por não ser possível estar no seu congresso” mostraram o seu degradao, referiu Marcelo.

O chefe de Estado deu ainda o exemplo da bastonária da Ordem dos Enfermeiros, que “tem razões de queixa porque, no meio das suas determinadas lutas, bem gostaria de estar mais com o Presidente da República”.

“Mas o Presidente da República não consegue aguentar o seu ritmo de atividade ao serviço da classe que lidera”, disse. Numa alusão à sua condição de hipocondríaco, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que toda a sua “vida foi marcada e bem por farmácias e farmacêuticos”.

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