Milhares de pessoas concentram-se desde este sábado de manhã na Praça de Colombo, em Madrid, erguendo bandeiras espanholas em protesto contra a declaração de inpendência da Catalunha.

No local, onde uma enorme bandeira espanhola flutua no topo de um mastro, alguns manifestantes anti-independência levantaram cartazes em que pedem “Prisão para Puidgemont”, o presidente do governo catalão responsável pela declaração de independência, ou “Com golpistas não se dialoga”.

Na manifestação marcaram presença figuras como Pablo Casado, porta-voz do PP, e Cristina Cifuentes, presidente da Comunidade de Madrid. Acabaria por ser Cifuentes a definir a mensagem política daquela manifestação: “O que aconteceu foi um autêntico golpe de Estado, contra o Estado de Direito, contra a legalidade e contra a própria Catalunha”, afirmou a responsável.

Cifuentes, citada pela agência Efe, classificou mesmo o dia de sexta-feira como “o dia mais triste que vivemos desde o início da democracia espanhola”, promovido por um “Governo deslegitimado”.

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Este protesto foi convocado pela Fundação para a Defesa da Nação Espanhola (Denaes), de Santiago Abascal, presidente do partido de extrema direita Vox. Em declarações aos jornalistas, Abascal pressionou o Governo a tomar uma posição mais assertiva perante os “golpistas” da Catalunha.

“Não basta o artigo 155 da Constituição, esta crise não se resolve em dois meses com umas eleições autonómicas para as quais não existem as mínimas garantias. O que é preciso é que se aplique o código penal contra os golpistas, com toda a contundência”, defendeu o fundador da Denaes.

O parlamento regional da Catalunha aprovou na sexta-feira a independência da região de Espanha, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a Assembleia Regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupavam.

Quase ao mesmo tempo, em Madrid, o Senado aprovava a intervenção na autonomia catalã, tendo o Governo espanhol reunido em seguida para aprovar as medidas para restituir a legalidade institucional na região.

O Governo central anunciou ao fim do dia de sexta-feira a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o Governo catalão, entre outras medidas.