208 pessoas foram detidas para interrogatório. Estima-se que cerca de 100 mil milhões de dólares (86 mil milhões de euros) foram utilizados indevidamente para desfalques e corrupção nas últimas décadas. Cerca de 1700 contas bancárias foram congeladas. Estes são os resultados de uma vasta investigação anticorrupção que aconteceu na semana passada na Arábia Saudita. A informação foi divulgada esta quinta-feira num comunicado do procurador-geral da Arábia Saudita, citado pela AP.

Das 208 pessoas detidas, sete já foram libertadas sem acusação. 201 ainda continuam detidas, no hotel Ritz-Carlton, de cinco estrelas — um dos mais luxuosos de Riade, capital da Arábia Saudita. O governo não revelou a identidade das pessoas que ainda estão detidas, justificando-se com a necessidade de respeitar a sua privacidade durante esta fase do processo. Sabe-se que o milionário príncipe Alwaleed bin Talal e outros 10 príncipes sauditas figuram entre os detidos.

A revolução saudita que é muito mais que um príncipe ambicioso

A operação levada a cabo no passado dia 4 de novembro está a ser entendida como uma forma de consolidar o poder de Mohammed bin Salman, o principal conselheiro do rei Salman, chefe de Estado do país. Até há bem pouco tempo, Mohammed bin Salman era relativamente desconhecido. Com a nomeação para ministro da Defesa pelo rei Salman, a quem deverá suceder, tornou-se extremamente poderoso no país, motivando muitas vozes de discórdia no interior da família real, que o acusa de acumular demasiados poderes.

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