O iPhone 5 era o smartphone do momento, o Gmail acabava de se tornar o serviço de email mais utilizado no mundo e dizer que Donald Trump ia ser presidente dos Estados Unidos era visto como uma piada. Mal se sabia que milhões de pessoas iam ter a vida alterada graças a um jogo sobre doces. Foi a 14 de novembro de 2012 que Candy Crush Saga chegou ao sistema operativo dos smartphones da Apple, um mês antes de ser lançado para Android. Em pouco mais de um ano tornou-se das apps mais jogadas, com quase cem milhões de utilizadores.
Hoje, a saga de Candy Crush da King — empresa sueca que criou o jogo — tornou-se num franchise com mais dois jogos: Candy Crush Soda Saga e Candy Crush Jelly Saga. Ao todo as apps tiveram mais de 2,73 mil milhões de downloads, como refere o Wired num artigo dedicado ao aniversário do jogo da King.
Em declarações ao mesmo meio, Sebastian Knutsson, chefe criativo e co-fundador da King, afirma: “Nós começámos a fazer [jogos de] Facebook e mobile e esperávamos que morressem passados 6 meses”. Graças ao sucesso alcançado a King, em 2016, foi adquirida pela Activision através de uma compra multimilionária: 5,9 mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros, aproximadamente).
Quase a chegar ao nível três mil, Candy Crush Saga continua a ser um dos jogos mais jogados nos smartphones, principalmente da Apple. A aplicação é considerada como uma das primeira apps que criou o conceito de freemium: uma mistura de grátis com premium, um jogo que é descarregado para o telemóvel gratuitamente mas que incentiva constantemente os utilizadores a gastar dinheiro para continuarem a jogar e progredir mais facilmente.
E qual a receita para o sucesso de Candy Crush? Segundo Knutsson “tem de se fazer um jogo que apele ao público em geral e tem de ser fácil de publicitar”. No entanto, para o chefe criativo da King, “já não é tão fácil para produtores independentes fazerem isso [criar jogos virais] como se fazia há cinco ou sete anos”.