Quando pensamos em Kobe Bryant, pensamos em Los Angeles Lakers. Em história. Em grandiosidade. Mas sempre associado ao desporto, mais concretamente ao basquetebol. Ao todo, foram duas décadas (1996-2016) no ativo, com cinco anéis de campeão da NBA e duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, entre variadas distinções individuais. Mas houve um Kobe antes do basquetebol. E está a haver um Kobe depois do basquetebol.

Antes (e durante, porque ainda prosseguiu mais uns anos), Kobe foi membro de um grupo de rap chamado Cheizaw, que chegou a assinar contrato com a Sony Entertainment. Mais tarde, a empresa quis apostar no americano a solo, tentando potenciar a emergência do shooting guard na NBA, e continuou a fazer trabalhos no ramo da música, incluindo um célebre com o companheiro de equipa Shaquille O’Neal.

Agora, com 39 anos e depois de ter reformado em 2016, a antiga estrela dos Lakers arriscou, com sucesso, uma aventura no cinema. Tanto sucesso que o filme que escreveu, “Dear Basketball”, dirigido por Glen Keane (que trabalhou quase 40 anos na Disney) e produzido por Marc Sondheimer, acaba de ser um dos cinco nomeados na categoria de melhor curta-metragem de animação. E tudo começou em mais um dos textos que Kobe Bryant publicou na The Players’ Tribune, em novembro de 2015, com o mesmo nome da película.

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https://www.youtube.com/watch?v=ln6uKjedzj4

Mas se o ex-basquetebolista é uma ligação “direta” ao desporto, existem outras conexões: “I, Tonya”, um filme biográfico escrito por Steven Rogers e dirigido por Craig Gillespie que conta a história da antiga patinadora americana Tonya Harding e da ligação que teve à brutal agressão à colega/rival Nancy Kerrigan em 1994, está nomeados nas categorias de melhor atriz principal (Margot Robbie), melhor atriz secundária (Allison Janney) e melhor montagem; e “Icarus”, um documentário de Bryan Fogel que inicialmente tinha como objetivo acompanhar a evolução de um ciclista amador que começasse a tomar doping mas que acabou por transformar-se num trabalho muito mais profundo com as declarações de Grigory Rodchenkov, o químico russo que denunciou todo o sistema de recurso a substâncias dopantes mais evoluído de sempre alguma vez conhecido.

Grigory Rodchenkov. O químico que virou “Garganta Funda” e tramou o desporto russo