Pelo menos 95 pessoas morreram e 158 ficaram feridas num atentado em Cabul, no Afeganistão, na sequência de uma “grande explosão” causada por um homem que conduzia uma ambulância armadilhada numa das ruas mais movimentadas da cidade. O movimento islâmico extremista Talibã reivindicou o ataque.

O New York Times cita Dejan Panic, o coordenador da unidade de emergência dos hospitais do país que, quanto ao ataque, disse:”é um massacre”.

Segundo relata a Associated Press, dezenas de ambulâncias estão a deslocar-se para a zona da explosão, registada no bairro onde se encontram as instalações do próprio Ministério do Interior e a delegação da União Europeia (UE) em Cabul.

O porta-voz do Ministério da Saúde afegão, Ismail Kawosi, indicou ter essa confirmação, tendo em conta os dados obtidos juntos dos vários hospitais de capital, para onde estão a ser transportadas as vítimas da explosão.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O bombista suicida utilizou uma ambulância para passar as barragens de segurança, indicando no primeiro posto de controlo que levava um paciente para o hospital Jamuriate, nas proximidades, esclareceu o porta-voz.

A utilização de uma ambulância em atentados é um dos cenários mais temidos pela segurança. No entanto, é costume as próprias ambulâncias serem controladas exaustivamente nos postos de controlo em que se situam as barragens, com o interior vasculhado enquanto o condutor é obrigado a abandonar a viatura.

O nível de alerta subiu para “extremo”, o mais alto, em particular no centro da capital e no bairro diplomático, onde se situa a maior parte das embaixadas e instituições estrangeiras que, entretanto, foram colocadas em “lock down” (saídas interditas).

O atentado de deste sábado é o terceiro a assolar o Afeganistão em apenas uma semana, após os registados a 20 de janeiro deste mês no Hotel Intercontinental de Cabul, também reivindicado pelos talibã, e o de quarta-feira, nos escritórios da organização não governamental Save The Children, em Jalalabade (leste), que foi reclamado pelo grupo Estado islâmico (EI).

Cabul tem-se tornado uma cidade alvo prioritária de ataques bombistas reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI) e pelos Talibã.