A Porsche, marca que já anunciou esperar que, até 2023, 50% das suas vendas sejam de eléctricos, afirma agora que dificilmente os veículos movidos a electricidade levarão ao desaparecimento dos desportivos ditos tradicionais. Com o CEO da casa de Estugarda, Oliver Blume, a assegurar que, a par dos eléctricos, a marca não deixará de disponibilizar desportivos ‘clássicos’, com motores convencionais.

Em declarações à Automotive News, Blume partilhou a sua visão do futuro, que passa “pela manutenção de uma tríade: híbridos plug-in, desportivos mais emocionais com motores de combustão e desportivos eléctricos”.

Oliver Blume

Falando durante as celebrações do 70.º aniversário do 356, o primeiro Porsche de produção, Oliver Blume disse ainda acreditar que “haverá sempre procura para a mobilidade desportiva inteligente”. E, em pleno museu da marca de Estugarda, acrescentou:

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Na Porsche, a experiência de condução será sempre um objectivo, ainda que, nos momentos em que tenhamos de estacionar o carro, ou de ficar no pára-arranca, o condutor possa sempre optar por entregar a condução ao próprio veículo. “

A Porsche é, actualmente, a marca mais lucrativa do Grupo Volkswagen, graças também à aposta que tem vindo a fazer na electrificação. Com o Panamera Turbo S E Hybrid, por exemplo, a não chegar para as encomendas, valendo mesmo mais de 60% das vendas do modelo, na Europa.

Quer vender Panamera híbridos mas não tem baterias

Aliás, a demonstrar a forma determinada como a Porsche decidiu abraçar a electrificação, basta recordar que até mesmo o icónico 911 deverá vir a combinar o 3.0 litros turbo a gasolina com um motor eléctrico. Solução que lhe deverá permitir anunciar uma potência a rondar os 492 cv e um binário máximo de 761 Nm. Sendo que, graças à inclusão de um pequeno pack de baterias de 10.8 kWh, o modelo deverá ser capaz ainda de cumprir cerca de 64 km em modo eléctrico. Tudo isto com data de chegada prevista, muito provavelmente, para 2023.

“Temos tudo o que precisamos para os próximos 70 anos”, realçou Oliver Blume, admitindo que “o futuro da Porsche também irá residir no sucesso” do Mission E.