Cerca de 2.500 pessoas manifestaram-se este domingo nas rua de Palma de Maiorca, capital das Baleares, para exigir que o pessoal médico não tenha de cumprir a obrigação de aprender catalão para trabalhar nos centros de saúde públicos das ilhas. Tendo como palavras de ordem “Os idiomas não salvam vidas” e por uma “Saúde sem fronteiras linguísticas”, o protesto foi convocado pela plataforma Mos Movem. Este movimento surgiu nas redes sociais com o objetivo de contestar a intenção inicial do Governo das Baleares de exigir o domínio da língua catalã para o acesso a um emprego na saúde pública do arquipélago do Mediterrâneo que fica em frente à costa da Catalunha.

O Governo balear, que é liderado pelo PSOE e pela coligação nacionalista Més, defendeu há meses a aprovação de um diploma que obrigaria aos que concorrem a um emprego público a ter um conhecimento de nível médio do catalão. A iniciativa despertou a oposição frontal de todos os sindicatos do setor da saúde que votaram contra o decreto. Em resposta à críticas do setor e da oposição, o Governo regional cedeu, em parte, e negociou um novo decreto que baixa para o nível mínimo a exigência e presença da língua catalã no serviço público de saúde.

A nova medida prevê a isenção do conhecimento do catalão para se concorrer aos concursos de colocação dos próximos meses. Uma vez obtida a colocação, os profissionais da saúde terão um prazo de dois anos para obter um nível básico de catalão e de seis anos para alcançar uma qualificação de nível três. Se não o fizerem, ser-lhe-á recusados pedidos de transferências, progressões e acesso a carreiras profissionais, ainda que possam continuar a exercer os cargos obtidos no concurso. Estas novas disposições foram aprovadas pela maioria dos representantes dos trabalhadores da saúde, mas continuaram a merecer a oposição do Sindicato Médico das Ilhas.

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