Não há portista que não recorde com saudade o ano de 1987. Sobretudo a noite de 27 de maio em Viena. Sobretudo o calcanhar, o bendito calcanhar de Rabah Madjer contra o Bayern, na final da Taça dos Campeões Europeus.

É verdade que foi o único título da época, tendo o nacional caído para o Benfica do inglês Mortimore. Mas o ataque (não só mas acima de tudo) do Porto era um autêntico rolo compressor, com Futre, Madjer, Juary ou Gomes. E com a goleada (5-0) ao Vitória de Guimarães nos quartos-de-final da Taça de Portugal, o Porto chegava, a 18 de abril de 1987, ao golo 100 na temporada. Jogos foram 39 até lá chegar.

Agora, quase no final de fevereiro, e ao jogo 40, o Porto chegou também (curiosamente goleando o Portimonense pela mesma quantidade de golos de há 31 anos: cinco) à centena. E ultrapassou-a: são já 103 golos e uma média de 2,6 por jogo. Melhor na Europa do futebol só mesmo o Manchester City, com 114, e o PSG, com 135. O Liverpool, que goleou no Dragão, conta igualmente os mesmos 103 dos portistas.

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“Culpados” da proeza contam-se muitos. Mas destacam-se Soares e Marega (a par do lesionado Aboubakar) como especialistas na nobre arte de fazer a bola ultrapassar aqueles 7,32 metros de comprimento e 2,44 de altura. O maliano chegou ao vigésimo golo na época e é o melhor goleador dos portistas. Com o bis em Portimão, repete essa proeza pela sexta vez em 2017/18. Quanto a Soares, que até saiu lesionado em Portimão ao minuto 71, não saiu sem antes “molhar a sopa” também. Vai com oito golos nos últimos seis jogos.