Pela primeira vez, cientistas provaram que as pessoas realmente “mudam de cor” conforme as emoções que sentem, embora sejam apenas ligeiras alterações na tonalidade dos rostos. No nariz, sobrancelhas e bochechas, os efeitos são visíveis e torna-nos incapazes de esconder verdadeiramente o que sentimos, conta o The Telegraph.

“Identificamos alguns padrões de cores no rosto que são únicos para cada emoção estudada”, disse ao The Telegraph Aleix Martinez, cientista da área cognitiva e engenheiro elétrico na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos da América.

Para chegar a estas conclusões, foi feito um estudo em que cientistas da Universidade de Ohio, nos EUA, tiraram centenas de fotografias de expressões faciais e separam estas imagens em diferentes “canais de cores” que correspondem ao espectro que o ser humano identifica: vermelhos, azuis e amarelos.

As imagens foram depois analisadas em computador que detetou expressões de felicidade, tristeza, raiva ou repugnância. A expressão de inveja criou alguns pontos mais amarelos à volta dos lábios e outros mais verdes e vermelhos à volta do nariz e testa. Já a felicidade é vista como a vermelhidão das bochechas e do queixo.

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[Vídeo da experiência feita na Universidade de Ohio:]

https://www.youtube.com/watch?v=VUoVx4nyS_w

Para testar, posteriormente, se as cores sozinhas podiam denunciar alguma emoção nas pessoas sem a presença de um sorriso ou sem testa franzidas, os cientistas apresentaram algumas fotografias aos voluntários desta experiência com os rostos alterados ao nível das cores.

Os cientistas descobriram depois que os voluntários conseguiam identificar emoções nos rostos fotografados com as cores apresentadas em 75% das vezes, independentemente do género e da raça das pessoas presentes nas fotografias. Os voluntários conseguiram também identificar se as emoções manifestadas através das cores, nas fotografias, coincidiam com a expressão das pessoas fotografadas.

Aleix Martinez deu uma explicação para o uso de make-up. “As pessoas sempre disseram que usamos a maquilhagem para parecermos mais bonitos ou mais novos, mas eu acho que é possível que possamos parecer mais felizes caso queiramos”, explicou. A questão da maquilhagem impediu os cientistas de conseguirem construir algoritmos que reconheçam as emoções humanas em 90% das vezes.