O pai de Elon Musk, Errol, teve um filho com a enteada, Jana Bezuidenhout, 30 anos mais nova. A notícia não foi bem recebida pelos filhos, que o acusaram de ter perdido o juízo. Mas Errol não parece estar preocupado: ao Sunday Times disse que a seu filho mais novo foi o resultado de um “plano divino” que o apanhou de surpresa aos 72 anos.

Errol Musk conheceu Heidi-Mar, a mãe de Jana, pouco depois de o marido desta, Jock Bezuidenhout, ter morrido num acidente de carro. Jana e o irmão, Harry, eram pequenos e Errol, que tinha três filhos de um primeiro casamento com a modelo Maye Haldeman, foi um segundo pai para eles, garantiram fontes próximas da família ao Daily Mail. A versão de Errol é, porém, outra.

Ao Sunday Times, o sul-africano explicou que nunca viu a enteada como uma filha, já que, quando era casado com Heidi-Mari, esta passava muito tempo longe da família. Depois da separação, Errol Musk só voltou a encontrar Jana vários anos depois. O encontro deu-se numa altura em que a mulher de 42 anos estava particularmente fragilizada. “Estávamos sozinhos e perdidos. Uma coisa levou à outra. Podemos chamar-lhe um plano divino”, afirmou o pai do presidente da Tesla ao Sunday Times.

Quando soube que Jana Bezuidenhout estava grávida, Errol calculou que o filho era do ex-namorado da enteada. O casal tinha-se separado há pouco tempo, o que levou Errol Musk a pedir um teste de gravidez. Contudo, este veio a provar que o sul-africano ia mesmo ser pai outra vez. Uma notícia que não bem aceite pelos outros três filhos (Elon incluído, que nem sequer fala com o pai).

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Em entrevista ao Daily Mail, Errol revelou que a filha Ali, de quem esperava todo o apoio, reagiu mal. “Contei à minha filha Ali porque achei que ela me iria apoiar e entender”, afirmou. “Disse que era doido, mentalmente doente. Ela disse aos outros e ficaram furiosos. Acham que estou a ficar senil, que devia ir para um lar da terceira idade e que não devia ter uma vida divertida e um bebé pequeno.” Ao mesmo jornal, Errol garantiu ainda ter poucas recordações da mãe de Jana. Se a visse na rua, provavelmente nem seria capaz de a reconhecer.

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A relação de Errol Musk com os filhos nem sempre foi fácil. Em entrevista à Rolling Stone no ano passado, Elon, que está de relações cortadas com o pai, descreveu-o como “um ser humano terrível”.

“Ele fez quase todas as coisas más que nos podem passar pela cabeça”, disse na altura o presidente da Tesla, filho de Errol e Maye Haldeman. Uma versão dos factos muito diferente da do próprio Errol que, ao Daily Mail, garantiu que mimou os filhos ao máximo.

Uma família de sucesso

Maye conheceu Maye quando estava no secundário. Os dois casaram-se em 1970 e divorciaram-se nove anos depois. Além de Elon, tiveram outros dois filhos, Kimbal e Tosca, também eles empreendedores de sucesso. Kimbal Musk, de 45 anos, tem feito carreira na área da restauração, enquanto a irmã, realizadora, tem trabalhado sobretudo no cinema e televisão. O jeito para o empreendorismo parece ter sido herdado da mãe, ela própria uma empresária de sucesso.

Apesar de ter uma licenciatura em nutricionismo e dois mestrados na mesma área, foi como modelo que Maye ficou conhecida. Iniciou a carreira aos 15 anos em Pretoria e Joanesburgo, chegando à final da Miss África do Sul em 1969, um ano antes de se casar com o engenheiro Errol Musk. Esta ganhou um novo impulso depois de se mudar para o Canadá, em 1989, altura em que passou a ser representada pela Elite Modeling Agency. Nunca mais parou. Ao longo dos anos, deu a cara por várias marcas internacionais, como a Revlon ou a Virgin, e apareceu na capa de revistas como a Elle, Time ou New York. Em 2013, participou num vídeo da música “Hauted”, de Beyoncé.

Aos 69 anos, a mãe de Elon Musk continua a trabalhar, tendo, em 2015, assinado um contrato com a agência internacional de modelos IMG Models. Em setembro do ano passado, tornou-se na mais velha porta-voz da marca de comésticos norte-americana Cover Girl, fazendo “história”, nas palavras da revista Elle. Em entrevista ao Daily Mail em 2017, admitiu que, nos últimos anos, tem tido mais trabalho do que nunca, facto que justifica com a decisão de deixar de pintar o cabelo, mantendo-o sempre branco.

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“Vou continuar a trabalhar enquanto as pessoas me quiserem contratar”, disse ao jornal britânico, garantindo que não tem planos de se reformar. “Quando faço sessões fotográficas, as modelos mais novas ficam contentes por me ver. Isso mostra que elas também podem ter carreiras longas e de sucesso.”