O diretor da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) disse esta quarta-feira desconhecer quando é que os peritos da organização vão poder entrar em Douma, na Síria, mas frisou que exige um acesso “sem entraves”. Peritos internacionais da OPAQ estão desde sábado na Síria, mas a sua deslocação a Douma, onde vão investigar o alegado ataque químico perpetrado pelo regime a 7 de abril, tem sido sucessivamente adiada.

“Neste momento, não sabemos quando [a missão de investigação] vai poder viajar para Douma”, afirmou o diretor da OPAQ, Ahmet Uzumcu, num comunicado. Horas antes, fonte das Nações Unidas anunciou que uma equipa de segurança da ONU foi visada por disparos na terça-feira em Douma, durante uma missão de reconhecimento para preparar uma deslocação dos peritos internacionais.

“Naturalmente não vou considerar essa deslocação […] se a nossa equipa não puder ter um acesso sem entraves aos locais”, disse Uzumcu. O ataque a Douma, no qual morreram pelo menos 40 pessoas e mais de 500 foram afetadas, esteve na origem dos ataques lançados na madrugada de sábado por aviões de combate dos EUA, França e Reino Unido contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria.

A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque químico, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirma que ele foi encenado com a ajuda de serviços especiais estrangeiros.

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