O presidente sul-coreano Moon Jae-in encontrou-se este sábado com o líder norte-coreano Kim Jong Un em Panmunjom, uma localidade na fronteira entre as duas Coreias onde o armistício que pôs fim à guerra foi assinado.

Durante duas horas, entre as 15 e as 17 horas locais (entre as 7 e as 9 horas de Lisboa), os dois líderes estiveram reunidos para discutir a cimeira entre o líder norte-coreano e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Os dois líderes trocaram suas opiniões com franqueza para implementar a Declaração de Panmunjom de 27 de abril e ter uma cimeira bem sucedida entre a Coreia do Norte e os EUA”, disse o assessor de imprensa do presidente sul-coreano, Yoon Young-chan. “Como resultado do acordo entre os dois lados, Moon anunciará o resultado da reunião de hoje [este sáabdo] às 10 horas de domingo”.

No dia 24 de maio, Donald Trump tinha cancelado o encontro com uma carta enviada a Kim Jong Un. “Infelizmente, com base na tremenda fúria e hostilidade aberta das últimas declarações que fez, sinto que é desapropriado, neste momento, ter este encontro há muito planeada”, escreveu o presidente norte-americano.

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Passado apenas um dia, Donald Trump voltou atrás e disse que o encontro sempre podia acontecer na mesma data e no mesmo local — 12 de junho, em Singapura. “Temos tido conversas muito produtivas com a Coreia do Norte sobre a recuperar a cimeira que, se acontecer, provavelmente permanecerá em Singapura na mesma data, 12 de junho, e, se necessário, será estendida para além dessa data”, disse Trump no Twitter.

Menos de um ano depois de os dois líderes terem trocado ameaças de guerra nuclear, a incerteza sobre a realização da cimeira entre ambos reflete o estilo visceral das tomadas de decisão de Donald Trump e o comportamento imprevisível de Kim Jong Un, referiu a Bloomberg.

Os Estados Unidos reinvidicam que já conseguiram mais do acordo com a Coreia do Norte do que aquilo que deram, com a Coreia do Norte a abdicar do armamento nuclear e a libertar três prisioneiros americanos. Mas a interpretação desta moratória não está a ser feita da mesma maneira pelos dois países: os Estados Unidos esperavam uma eliminação completa do potencial nuclear da península, mas os analistas internacionais duvidam que Kim Jong Un esteja disposto a isso — e muito menos a mando de outros.

Atualizado às 13h15