O candidato às presidenciais colombianas pelo Centro Democrático, Iván Duque, conseguiu mais votos que o principal adversário, o ex-guerrilheiro e ex-alcaide de Bogotá Gustavo Petro, do movimento Colômbia Humana, mas ainda assim foi insuficiente para vencer as eleições na primeira volta. A Colômbia volta às urnas no próximo dia 17 de junho para eleger um destes dois candidatos.

Com 99,46% dos votos contabilizados, Iván Duque, apoiado pelo antigo Presidente Álvaro Uribe, tinha conseguido o voto positivo de 39,12% dos eleitores. Gustavo Pedro conseguiu 25,08% e Sergio Fajardo, da Coligação Colômbia, chegou aos 23,80%. O ex-vice-presidente Germán Vargas Lleras e , por sua vez, não ultrapassou os 7,23%.

Colômbia dividida vai às urnas para eleger Presidente da República

O acordo de paz assinado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), um grupo guerrilheiro de esquerda ativo há cerca de 50 anos no país, esteve e estará no centro destas eleições — as primeiras a acontecer depois da assinatura do mesmo. O acordo, que atravessa uma crise, é um compromisso do Estado colombiano, mas a sua execução dependerá, em parte, da vontade do próximo Presidente de levar adiante o pacto que levou cerca de sete mil guerrilheiros a abandonarem as armas. O Presidente que o assinou, Juan Manuel Santos, tornou-se um dos políticos menos populares da Colômbia. E Iván Duque já mostrou que se opõe a este acordo.

Gustavo Petro, apresentou-se como o primeiro candidato progressivo de há décadas, e esperava-se que conseguisse uma boa parte dos votos. Mas a sua candidatura foi ensombrada pelo, mais moderado, Sergio Fajardo. Falta saber se Fajardo pretende apoiar Petro na segunda volta. O facto de ser de esquerda e de ser um antigo apoiante de Hugo Chávez pode pesar contra Gustavo Petro. Os colombianos têm acompanhado de perto o que se passa na Venezuela e não estão disposto a passar pela mesma crise económica.

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