O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi anunciou na conferência NOAH, em Berlim, que será aquela cidade alemã a primeira a receber no Velho Continente o serviço de aluguer de bicicletas da Uber, que depois será alargado às principais cidades europeias. A entrada no mercado germânico terá lugar no final do Verão, com o objectivo de facilitar as deslocações nas zonas em que o trânsito é mais complexo, obrigando por vezes a demoras imensas para fazer percursos que não ultrapassam os 2 ou 3 quilómetros.

Após ter adquirido a startup Jump em Abril por cerca de 200 milhões de dólares, a Uber tomou conta da operação de bike sharing que já estava a funcionar em São Francisco, entre outros locais, e optimizou-a, preparando o alargamento à escala global.

Berlim vai servir como base para um período experimental, permitindo à Uber/Jump medir a reacção dos clientes e adaptar o serviço às características do consumidor europeu. “Caso seja um sucesso, o serviço será alargado às maiores cidades europeias”, afirmou o responsável pela Uber.

Nas cidades californianas, onde a Uber/Jump já opera, os ciclistas que recorrem a estas bicicletas eléctricas  pagam cerca de 2 dólares (1,7€) por períodos de 30 minutos. Os preços para a Europa ainda não foram anunciados, mas não deverão diferir muito dos praticados nos EUA. Contudo, é uma solução que parece ter mais potencial fora do período de chuva, uma vez que as bicicletas Jump não têm previsto qualquer protecção para as intempéries.

O objectivo é substituir os carros da Uber nas pequenas deslocações, uma vez que nestas bicicletas com assistência eléctrica, o utilizador sente-se como se fosse um verdadeiro super-homem”, declarou Khosrowshahi.

O CEO da Uber anuncia enormes vantagens, em termos de redução de poluição e de congestionamento de tráfego nas cidades onde o Uber/Jump venha a ser lançado, mas não só a maioria das cidades já possui serviços similares de bike sharing, como a Uber vai ter de lidar com a má reputação que tem vindo a granjear em alguns países europeus, como por exemplo no Reino Unido, onde está em risco de perder a licença para operar os seus serviços automóvel. Aliás, à porta do NOAH não faltaram as manifestações contra a empresa americana.

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