O que têm em comum Porto, Turim, Vale de Susa e Pedrógão Grande? Este fim-de-semana vão proferir “palavras contra as chamas” em simultâneo, numa iniciativa solidária de homenagem às vítimas dos incêndios que há um ano assolaram Pedrógão Grande e a região de Vale de Susa, no norte de Itália.

Vários atores nacionais e locais vão juntar-se para dar voz ao conto do escritor francês Jean Giono, “O Homem que plantava árvores”, numa ação promovida pela associação Apuro, em Portugal, e pela Assemblea Teatro, em Itália.

No sábado as palavras chegam a sete livrarias do Porto — Livraria Lello, Poetria, Papa-Livros, na Fnac de Santa Catarina, na Confraria Vermelha, na Bertrand do Shopping Cidade do Porto e na Flâneur — e a vários espaços da cidade de Turim, pelas 15h30. Segundo a Livraria Lello, que vai ter Rui Spranger a ler o conto, “esta ação não quer ver esquecida uma das mais assoladoras tragédias que aconteceram em território luso”.

Já no domingo, o conto vai ser lido por atores e voluntários da Aldeia de Nodeirinho, na freguesia de Pedrógão Grande, também pelas 15h30. O mesmo será feito em vários locais do Vale de Susa, à mesma hora.

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“O Homem que plantava árvores” é um conto baseado em acontecimentos verídicos e que aborda a história de um homem que, do zero e com as suas próprias mãos, criou uma floresta inteira.

Ao todo são 19 livrarias, uma biblioteca e dois municípios que se unem para ler a obra e homenagear as vítimas dos incêndios.  A tragédia de Pedrógão Grande ocorreu a 17 de Junho de 2017 e provocou 66 mortos e 254 feridos e a destruição de 5300 hectares de floresta, 500 habitações e 48 empresas.

“Não consegui proteger a minha filha. Agora não há nada”. Os sobreviventes de Pedrógão um ano depois